
Uma das coisas que mais me deixava louco da vida quando estava compromissado eram aqueles tipos de discussão que começavam do nada, apenas por uma ou duas palavras mal entendidas. Era o tipo de situação que ia do 0 a 100 e menos de 5 segundos, e a culpa ainda seria minha. Sem direito a argumentos, defesa ou apelação, de nada adiantaria, e só o fato de tentar uma dessas ações seria o mesmo que jogar álcool no fogo.
Não estou exagerando, pode ter certeza que aproximadamente 100% dos homens já passaram por uma dessas. As sensações de incapacidade e incredulidade podem ser comparadas a estar vendo na sua frente um alienígena, um fantasma, ou mesmo o capeta em pessoa. Você se belisca e se pergunta coisas como “O que”, “Onde”, “Como” e “Porque”. E nem pense em perguntar se ela está menstruada, é o mesmo que brincar com nitroglicerina.
Geralmente você sabe que está numa dessas situações quando ela para e fala repentinamente: “O que você está querendo dizendo com isso?” “Como, não entendi, você Poe repetir?” “Como assim?” “O que você está sugerindo com isso?”. O que eu gostaria de dizer para quem está numa dessas é: Corra, fuja, vá para as montanhas, entre nas cavernas e espere o 21/12/2012. O problema é que não existem argumentos que evitem pelo menos 10 minutos de bate boca, o que é uma verdadeira eternidade.
Vamos a alguns exemplos:
1.Você fala de um cheiro estranho e ela logo diz “Você está insinuando que esse cheiro sou eu?”. (BRIGA)
2. Você brinca, sem maldade, com qualquer coisa dela ou que ela esteja fazendo e ela diz “Como assim?” (PORRADA).
3. Ela pergunta como você está sabendo sobre algo e na brincadeira você responde “6º sentido”, e ela vem com um “ O que você quer dizer com isso?”. (BRONCA).
4. Falar de um determinado jeito ou ação dela pode terminar com um “Porque você está falando isso?”. (RINHA DE GALO).
Não sei se é uma questão NATURAL, HORMONAL, PARANORMAL ou EXTRA-SENSORIAL, apenas sei que é um fato e que não acontece somente comigo, porque se esse fosse o caso eu ficava caladinho. Mas não é, e mais uma vez fica mais esse mistério sobre o comportamento feminino. Sou adepto da conversa franca e aberta, mas nesses casos parece que existe uma força maior que conversar só piora as coisas. É como se você estivesse num programa de televisão cujo nome fosse “Fala, que eu não entendo”.