sábado, 11 de setembro de 2010

Reinventando o Fim.



Ainda lembro da vez, da primeira vez na verdade, que tomei a iniciativa de acabar um relacionamento que julgava esgotado e sem sentido. Pensei que seria simples, e que os motivos que iria expor seriam mais do que suficientes. Mas a verdade é que não dá para prever qual vai ser a reação da pessoa com quem vamos terminar.

Inicialmente o pensamento é um só, o de que tudo acabe sem lágrimas, cobranças, reclamações ou mesmo brigas prolongadas. A idéia principal é a de que tudo seja rápido e indolor, tanto para seu lado como para o outro. Lamentações ou a cobrança de promessas não cumpridas podem acabar com qualquer bom argumento.

Nessas ocasiões apelamos para qualquer tipo de conselho que possa ser útil, principalmente quando não temos a menor idéia do que fazer. Lembro que um dos conselhos foi bem interessante, e basicamente consistia em anular qualquer tipo de lembrança boa, focando unicamente nas más.

Manter seus pensamentos focados apenas em lembranças ruins é uma técnica que funciona bem, mas apenas no começo. Quando estamos frente a frente com a pessoa em questão é bem difícil continuar apenas com as más lembranças. Nesse momento os argumentos precisam ser bons não você, mas para a outra pessoa.

Atualmente usar o celular ou mesmo o computador está bem em moda, de forma que o contato com a pessoa é reduzido, e nesse caso as chances de sucesso aumentam consideravelmente. Muitos não consideram essa uma forma digna de acabar um relacionamento, e que o certo seria falar pessoalmente.

Não tenho preferência nem defendo qualquer que seja o meio para se terminar com alguém. Se olharmos bem, antes mesmo do advento dos celulares e da internet, muitos relacionamentos acabaram através de uma simples carta. No final a verdade é que não inventamos uma nova forma de acabar, apenas modernizamos uma já existente.