quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O Princípio da Incerteza.



Certa vez vi uma frase que dizia mais ou menos assim: Confiança não se ganha, se conquista. Cada um que ler essa mesma frase pode vir a entender e interpretar de forma diferente o significado, ou até mesmo discordar. Mas um fato sobre a confiança é que ela influencia em tudo ao seu redor, definindo como pensamos, o que somos e o que fazemos.

Eu poderia descrever a confiança, como essencial nas relações humanas, qualquer uma que possa existir, e a falta dela como sendo uma verdadeira corrosão da alma. Sem ela ficamos a mercê da dúvida e dos fantasmas que teimam em fazer com que os nossos julgamentos se tornem sempre uma incerteza. O amor acaba, a amizade vira desconfiança e a raiva se torna mais comum.

É como uma infecção generalizada que transforma e degenera toda as crenças que antes eram tão certas. Em muitos casos perdemos completamente a vontade de tentar reconstruir o que foi perdido, e de conceder o perdão e retornar a vida como era antes. "Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia". Nem tudo que se quebra pode ser concertado.

Alguém pode ler tudo isso e achar como sendo uma visão negativa e derrotista, como se tudo na vida sempre fosse uma incerteza. No bem da verdade, não é essa a minha intenção, e posso garantir que seria capaz de dar um voto de confiança, mesmo com todas as células de meu corpo entrando em estado de alerta. Mas me pergunto se somos nós ou os outros que mudam com a desconfiança?

segunda-feira, 25 de abril de 2011

É Apenas um Fim ou um Novo Começo?


É verdadeiramente incrível como podemos nos enganar acerca de quem de fato é uma pessoa. Ao conhecermos uma pessoa, seja por motivos afetivos, ou mesmo por amizade, logo identificamos pontos em comum, que naquele instante alimentam mais e mais nossa curiosidade e aquela sensação de simpatia por encontrar tantos pontos em comum.

Todo começo é bom e nos traz infinitas promessas de um caminho tranquilo, cheio de planos e sem aquelas dificuldades que poem em cheque o tal relacionamento. Não são as dificuldades do caminho que destroem essa amizade ou relação, mas sim a forma como cada parte faz para superar tais momentos, sejam juntos ou individualmente.

Partindo da premissa de que todos nós possuímos falhas e cometemos enganos, nada mais adequado do que saber perdoar o outro e principalmente a nós mesmos. Estamos aqui por algum motivo, e se o fato de encontrar essa pessoa fazia parte de um plano maior, que ao menos esse aprendizado tenha servido como crescimento humano.

Não é burrice dizer que mais se aprende com os erros do que com os acertos, desde que tais erros não voltem a se repetir. De nada adianta sentir revolta por uma situação que não prosperou como esperávamos. Pode parecer estranho, mas cada relação que se acaba foi bem sucedida durante um certo período de tempo.

O fim apenas representa o fato de que mais nada se poderia aprender estando junto com aquela pessoa. Infelizmente nem sempre uma ou as duas partes envolvidas conseguem enxergar dessa maneira o fim. Aqueles que persistem em continuar, digo apenas que nada aprenderam com os erros e acertos vividos.

A simplicidade da aceitação sobre o fim e o entendimento de todo o contexto de uma separação, ou estapa de nossas vidas, nos mostra apenas que uma nova está por começar logo. Não somos seres imutáveis, mas sim organismos que mudam com o tempo, e dessa forma, entender que com o fim algo acaba de começar.