Homo homini lupus, ou seja, "O homem é o lobo do homem". Esse é um espaço para quem procura conhecimento e reflexão, sobre os mais variados assuntos, lançando aqui todos os questionamentos e dúvidas que por um motivo ou por outro nunca são expostos.
terça-feira, 23 de março de 2010
Reciclando Idéias
A um tempo atrás, como já escrevi, parecia estar solto depois de uma pena de 13 anos, mesmo considerando os momentos bons. Mas no início a liberdade foi intensa e gasta na sua totalidade. Depois de um ano, o rítimo foi caindo, caindo, e vieram os trabalhos, uns nomoros de um a três meses, mas eu estava noutro rítmo. Como mencionei anteriormente, eu era um cego num tiroteio.
Depois de um ano, a rotina me fazia parecer um robô, e tudo pareceu ficar sem graça, pois com a lei seca e os amigos amarrados nas suas respectivas, tive que me virar, e aí é que veio mais um aprendizado para esse Lobo de 34 anos. Estando mais em casa do que antes, comecei a ter mais contato com meu sobrinho de 15 anos, e um amigo dele de 17. Para meu espanto, estava ficando cada vez mais junto deles, e quer saber, estava curtindo aquela nova forma de ver as coisas.
Não íamo-mos para baladas, esse não era a finalidade principal, e passamos a ir para cinemas e shoppings para apenas conversar e ver o movimento. Eu mesmo não acreditava que estava ali com dois adolescentes, e que eu tinha o dobro da idade de cada um. Mas a verdade é que era eu que estava aprendendo muito com eles, e ao mesmo tempo que entendia aquela idade deles e os dilemas, ia comparando com os da minha quando tinha a idade deles, estava me divertindo.
É claro que muita coisa mudou, e que nesse tempo pude ver como as relações entre meninos e meninas avançaram 1000 anos luz, fazendo eu parecer um teco-teco perante aqueles supersônicos adolescentes. Eu estava avaliando tudo, eles, eu, o que fazer, o que eu fiz, enfim, as relações que temos hoje nos dias corridos da semana. Realmete não esperava essa minha reação.
Mas no carnaval, festa que tanto gosto, pude ver o outro lado, aquele supersônico, sendo posto em prática. Nele as meninas se esforçavam para serem mais mulheres, e os garotos na sua eterna provação perante os amigos. Mas tudo muito mais intenso de quando eu tinha a mesma idade. Até os marmanjos da minha idade se aventuravam nas de 18 anos, me fazendo pensar onde estavam os macacos e onde teriam ficado os galhos de cada um. Pois é, cada macaco no seu galho.
No final, creio que aprendi mais do que previa imaginar, e para ser sincero nem imaginava ou cogitava aprender nada. Tudo veio naturalmente, e para mim foi muito bom, pois como não tenho filhos, vou acumulando milhagem para quando a alcatéia começar a crescer. Sempre dizemos que temos que ensinar os mais jovens, mas eu nunca esperava ter aprendido com eles. Valeu cada minuto.
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Pois é meu querido, vivendo e aprendendo! Sou como você, quando penso que tenho algo a ensinar a célebre frase: "Ow tia eu já sei disso!!!" Em outro momentos me vejo sem respostas, e olhe que não é clássica pergunta "de onde vêm os bebês" pq isso essa turma já nasceu sabendo.
ResponderExcluirSinceramente? Acho mesmo que a gente tem que se reciclar ahahha
Beijos, adorei o texto!
É na "humildade" que aprendemos com os mais jovens. Adorei o post. Bjsss
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