segunda-feira, 15 de março de 2010

CAMINHOS


Até onde vão nossas barreiras geográficas?
Para quem mora nas grandes, médias e pequenas cidades, essa noção pode muito bem ser limitada por construções ou barreiras geográficas, que nos fornecem uma falsa impressão de que o que vemos ao nosso redor é tudo que temos a conhecer. E assim segue a velha rotina do dia-a-dia, nos locomovendo de casa para o trabalho e do trabalho para casa, como um trem que anda apenas em cima dos trilhos. Pergunto-me onde e quando passamos a agir feito trens, numa vai e volta eterno de um mesmo caminho.
A cada dia vejo mais pessoas reclamando da rotina, e da mesmice que se tornou as nossas vidas, e mais uma vez pergunto-me quando isso passou a ser uma realidade que atingem quase todos que conheço.
Não sei se existem respostas para essas perguntas, apenas não me conformo com elas e assim tento achar uma saída para esse estado de inércia que atinge a minha alma. Algumas pessoas preferem até continuarem nesse mesmo caminho, por conveniência, necessidade ou até por imprevistos que a vida nos prega.
Não sou diferente de ninguém que conheço, e a cada dia continuo a percorrer os mesmos caminhos e a fazer as mesmas ações de antes, e mesmo vivendo nesse caminho de trem particular, começo cada vez mais balançar o meu corpo e mente para o que chamo de descarrilamento libertador da alma.
Sair dessa antiga linha de vida pode significar o surgimento de novas oportunidades e perspectivas, não apenas no âmbito pessoal, como também no profissional e familiar.
É, precisamos ampliar nossos espaços geográficos pessoais e descobrir novas realidades que até agora só conhecemos pelas imagens de televisão.
Que cada um possa olhar essas questões de forma a quebrar esses paradigmas que aprisionam a alma e cegam nosso campo de visão. Que os horizontes estejam abertos a todos, e que nossas ambições caminhem em todas as direções, e não apenas no que está demarcado pelos trilhos.

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